A disputa pela rua. Quando os setores conservadores irrompem no espaço da mobilização social
Resumo
A atual era de mobilizações sociais abre várias confusões deliberadas que, dependendo da lente do observador, podem levar a leituras incorretas. Por um lado, a mobilização de setores conservadores se apropria de rua em discurso da suposta vontade de expansão democráticas, por outro lado, invocam o espírito republicano para legitimar escolhas políticas de fato democráticas. Em paralelo, se desconhecem bandeiras políticas e ideológicas, e só se fala de valores universais, tais como paz, liberdade e justiça. A verdade é que ao ritmo musical lento do abandono do espaço da rua como espaço de confronto e reivindicação ao Estado, estava ocorrendo uma mudança das figuras que ocuparam dito espaço. Setores conservadores que desconheciam o espaço da mobilização encontram agora na marcha, uma prática destituinte. A pesquisa em curso que presentamos visa definir os repertórios, práticas, expectativas e usos da memória que os setores oponentes expõem. Consideramos para a análise, as mobilizações de junho de 2013 e março 2015 no Brasil, bem como as de fevereiro 2015 em Argentina. Nessa linha, fazemos uma comparação com outros ciclos de protesto destacando as ações que visibilizam o conflito social.Palavras-chave:
movimentos sociais, práticas destituintes, crise, ciclo de protesto, EstadoLicença
Copyright (c) 2015 Raigal
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Downloads
Referências
Gomes, R. (2015) “Para 71% dos brasileiros, oposicao a Dilma age por interesse próprio e nao pelo Brasil”, en Rede Brasil atual, 14-08-2015. www.redebrasilatual.com.br. Entrada: 15 de agosto de 2015.
Gramsci, A. 1932 (2000) Cuadernos de la Cárcel, Mexico: BUAP.
Lima, D. (2015) “Manifestantes testan forca em protestos contra Dilma”, en Folha de Sao Paulo, 16-08-2015. www1.folha.uol.com.br Entrada: 30 de agosto de 2015.
Mires, F. 1988 (2005) La rebelión permanente. Las revoluciones sociales en América Latina, Mexico: Siglo XXI.
Pignotti, D. (2015) “Lula se mueve para evitar el democracidio”, en Página 12, 16-08-2015. www.pagina12.com.ar. Entrada: 16 de agosto de 2015.
Roseberry, W. (2002) “Hegemonía y lenguaje contencioso” en Joseph, G y Nugent, D. (2002) Aspectos cotidianos de la formación del estado. Mexico: ERA.
Tapia, L. (2008) Política salvaje, La Paz: Muela del diablo.
Tarrow, S. 1994 (2012) El poder en movimiento. Los movimientos sociales, la acción colectiva y la política, España: Alianza.
Terra noticias, “Aécio convoca povo a ir em protesto contra Dilma em Sao Paulo”, em Terra Política, 5 de diciembre de 2014. noticias. terra.com.br Entrada: 30 de agosto de 2015.
Zavaleta, René (1986) Lo nacional-popular en Bolivia, Plural, Bolivia (2005).